CARNAVAL E O APOSENTADO

Quando era criança ate chegar na adolescencia, o carnaval nos primeiros tempos consistia em pular e correr de mascarados que tentavam nos fazer medo.
Parecia que aquelas mascaras erm verdadeiras nos fazia correr para a saia, vestido ou mesmo calça de adulto para tentar esconder ou fugir do medo que o mascarado nos transmitia.
Que belos tempos logo depois veio a fase da nossa fantasia muito bem arquitetada pela nossa mães, tias, madrinhas e vizinhas.
Foi a fase do baile infantil do feminino e outros clubes, eramos garbosos com a nossa fantasia, encontramos a nossa primeira namorada e/ou namorado.
Era a fantasia de pirata de escosses de tiroles e tambem muitas das vezes mascarado, mas não intimidavam ninguem pois a nossa mascara era transparente.
A terceira fase já acontecia os desfiles dos cordões, como o sempre vivinha, o cordão do olegario, o cordão do terceiro de inhozinho, e outros.
Havia um detalhe existia a rainha, os indios que eram os balizas e o principal o mestre de cerimonia que acompanhava a rainha durante o desfile.
Nestes desfiles havia o encontro dos cordãos posteriormente chamados de bloco, na qual o importante era conseguir a rainha do adversario atraves da astucia dos balizas.
Acabou a minha nostalgia pois hoje, se fala em escola de samba, em blocos, em carros alegoricos, em que o povo não mais participa mas é somente atraves do visual que ele toma conhecimento de carnaval, triste ver os desfiles no PORTO.
A televisão aportou-se com todo garbo em cima do nosso carnaval tupiniquim que nos fez jogar fora a nossa historia e memoria carnavalesca.
Não se esqueça que isto é tão sintomatico que a massa cuiabana festeja os dias de carnaval num retiro espiritual, criado pelo PADRE FIRMO PINTO DUARTE em estadios de futebol e...agora que o verdão foi desmanchado, acabou-se o nosso carnaval por falta do desconhecimento da historia como fizeram Salvador e Olinda/Recife e o Rio de Janeiro.
Edson de Souza Miranda
Professor fundador e titular da UFMT, aposentado
Presidente do IMAR